Para derrubar o pacote
Servidores estaduais em greve voltam a se mobilizar em Porto Alegre
Além de assembleia geral e caminhada, trabalhadores reforçaram a pressão sobre a Secretaria da Fazenda e o Parlamento Gaúcho
Segue a mobilização dos servidores estaduais em greve. Esta terça-feira (10) foi mais um dia de manifesto unificado em Porto Alegre contra o pacote de medidas apresentado pelo governo; agora com a adesão da Polícia Civil que também decidiu que irá cruzar os braços. Após assembleia geral do Cpers-Sindicato e caminhada até a Secretaria da Fazenda, os trabalhadores centraram alvo na Assembleia Legislativa. A expectativa é de que o plenário volte a ficar lotado nos três dias de sessão, na próxima semana, quando deve se acirrar a pressão para os deputados derrubarem as propostas que alteram direitos do funcionalismo e mexem com o salário, inclusive, dos aposentados.
O apelo de "Retira, retira" já ecoou alto na tarde desta terça, em meio a pronunciamentos de parlamentares. Do lado de fora do Legislativo, até uma performance teatral foi interpretada para chamar a atenção às demandas dos servidores. A expectativa, entretanto, é de que o Palácio Piratini não recue. Na quinta-feira (12), às 10h30min, profissionais da área da Educação, da Saúde e da antiga Caixa Econômica Estadual devem realizar novo ato, em Pelotas, para explicar à comunidade as razões da greve e tentar sensibilizar colegas que ainda não paralisaram atividades.
"Não vamos nos entregar para nenhum governo que queira tirar nossa dignidade", reitera o diretor do 24º Núcleo do Cpers-Sindicato, Mauro Amaral. O governo tem sustentado que precisa agir sobre o que mais impacta no Orçamento do Estado: os gastos com pessoal.
Relembre
Os professores e funcionários de escola foram os primeiros a deflagrar greve, em 18 de novembro. O fim de vantagens temporais, como triênios e quinquênios, o Difícil Acesso apenas para escolas do campo e o fim da incorporação de gratificações para a aposentadoria são apenas alguns dos pontos refutados pela categoria.
O fato de os trabalhadores estarem há cinco anos sem reajuste e há quatro anos com os salários atrasados faz esquentar os ânimos. O combate à sonegação e a revisão da política gaúcha de isenção fiscal seriam instrumentos imprescindíveis para o governo ampliar a arrecadação - argumentam os servidores públicos de diferentes áreas, não somente do Magistério.
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